Para crescerem as empresas e os novos negócios precisam, urgentemente, de uma educação corporativa criativa.

Para crescerem as empresas e os novos negócios precisam, urgentemente, de uma educação corporativa criativa.

O conceito de desenvolvimento econômico precisa ser alterado pelo desenvolvimento humano.

O século XX foi responsável pela aceleração de avanços em todos os âmbitos, desde a tecnologia com as mais diversas aplicações e áreas, com o desenvolvimento de novos modelos de negócios, com o alto investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e etc. Em contrapartida, se revelou a gravidade dos problemas que ameaçam a humanidade.

Primeiramente, a iminente ameaça do aquecimento global, a escassez de recursos energéticos, a redução exponencial da disponibilidade de recursos naturais, a mecanização das carreiras profissionais e terminando com os gigantes problemas sociais como: pobreza, fome, deterioração dos valores sociais, mortalidade infantil, racismo, desemprego, sucateamento da saúde e dos serviços públicos e etc.

Atualmente, organizações do mundo inteiro estão em busca incessante por talentos profissionais cada vez mais especializados, tecnologicamente e tecnicamente, pois para atingirem as metas financeiras dos acionistas é necessário ser relevante em um mercado cada vez mais competitivo.

Só que essa busca por talentos é um jogo perigoso pelas incertezas dos próximos desafios no mercado global e pela escassez de profissionais criativos e inovadores.

Definitivamente, o caminho para o êxito das organizações, das nações e, consequentemente, da própria humanidade, não está no progresso econômico-financeiro. Porque se este fosse o caminho não haveriam mais mazelas no mundo. 

As pessoas que morrem de fome hoje em dia não é por falta de recursos econômicos em nível global, mas pela pura falta de uma consciência solidária e ecológica. Neste sentido, a Educação Corporativa Criativa (ECC) se caracteriza como um modelo que possui como premissa a criação de valores humanos com enfoque nos processos de aprendizagem, crescimento e desenvolvimento de novas perspectivas para os problemas e os desafios das organizações e da sociedade.

Portanto, a criatividade emerge como uma força que permite uma grande transformação social, possibilitando a todos os cidadãos uma função ativa e direta na construção de uma nova sociedade. Contudo, devido aos mais diversos fatores, a criatividade, considerada como o tesouro oculto da humanidade permanece até o momento como um gigante adormecido.

Muitos creditam às universidades a responsabilidade pela nossa incapacidade de “produzirem” uma população de profissionais competentes, diferenciados e criativos para enfrentar os desafios da Sociedade 5.0. Contudo, devemos reconhecer que todas as organizações são co-responsáveis nesta jornada.

Lamentavelmente, as universidades públicas se encontram falidas, sucateadas, com um corpo docente totalmente fragmentado em ilhas de egocentrismo e vivendo em mundo paralelo à realidade contemporânea presas numa burocracia do século XIX com professores do século XX querendo ensinar aos profissionais do século XXI e, paralelamente, as universidades privadas que cumprem o mínimo estabelecido pelo MEC para se adequarem às Diretrizes Curriculares Nacionais visando, só e somente só, o retorno financeiro.

O conceito de desenvolvimento econômico precisa ser alterado pelo desenvolvimento humano.  E, neste ponto, a iniciativa privada tem um grande potencial de contribuição pela agilidade na construção, execução e aperfeiçoamento de programas e projetos que contribuam para um protagonismo muito maior do que em épocas passadas e recentes.

O despertar e o desenvolvimento de uma cultura de criatividade é resultado, primeiramente, de uma mudança na mentalidade dos líderes e gestores das organizações que continuam “iludidos” pela especialização desenfreada, ao invés da valorização das capacidades e habilidades verdadeiramente humanas para atingirem os objetivos organizacionais.

Podemos treinar profissionais para linguagens de programação Python ou Java, podemos ensiná-los como realizar reuniões e palestras deslumbrantes, podemos capacitá-los em áreas cada vez mais específicas como Machine Learning e Inteligência Artificial.

Mas, até quando as organizações se manterão cegas e continuarão a abrir mão do verdadeiro potencial humano?

Quando se investe em uma Educação Corporativa Criativa, a partir deste estágio a criatividade adquire uma relevância e um significado duplo: como valor cultural que permite construir soluções eficazes para os problemas mais complexos da contemporaneidade e como uma necessidade fundamental do ser humano, cuja satisfação permite ser capaz de alcançar uma melhor qualidade de vida.

Para crescerem e se manterem relevantes as empresas e os novos negócios precisam urgentemente de uma educação corporativa criativa que valorize o potencial humano de seus colaboradores. O ponto central não é ser criativo para inventar novos produtos e/ou serviços, mas para ter a capacidade de ter diferentes perspectivas para os problemas e saber fazer as perguntas certas.  

Vitor Raposo é empreendedor em diversos segmentos, mentor, consultor e professor. Doutorando em Humanidades e Artes pela Universidade Nacional de Rosario – UNR, na Argentina; especialista em inovação e negócios pela Nova Business School em Portugal, em Gerenciamento de Projetos pela FGV e em Gestão Estratégica de Negócios pela UCB. Atua como voluntário no Instituto Soka Amazonas e no Capítulo Amazônia do Project Management Institute (PMI-AM). 

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